terça-feira, 30 de outubro de 2007

Contraste. Do Sablon à Grand Place, tudo sabe a Natal. O «tom» é dado pelo enorme pinheiro colocado ao meio da praça, ornamentado, de onde se soltam bolas de sabão que voam iluminadas por focos de luz. Os mesmos focos que percorrem os relevos esculpidos nas imponentes fachadas da principal praça de Bruxelas. O presépio ficou num dos topos. As crianças sorriem. E os adultos não largam os chocolates.
Há chuva e frio. E chineses, que agora parece terem substituído hordas de japoneses, copiando-lhes até o vício de fotografar tudo. Mesmo em frente à esquina do pequeno 'Manneken pis', lá está outra chocolataria chinesa.
A Comissão, o Berlaymont, ou melhor, o escritório do Barroso, já entrou no «countdown» para as férias de Natal. O edifício «legislador» da Europa prepara-se para recolher a casa. Deixa as gravatas e vai aquecer as mãos à lareira. Não muito longe, virado para a casa do Rei, o Parlamento fará o mesmo - embora não legisle. Como se diz, patrão fora, dia santo na loja.
Bem perto de Bruxelas, os 40 quilómetros do porto de Roterdão não mentem. Aí o trabalho não pára. 24 horas por dia. Faça sol (pouco) ou chuva (muita), Roterdão alimenta a Europa, a Rússia, e tudo o mais que se possa imaginar. A Holanda deve-lhe boa parte da sua força. Este porto é do Estado holandês (com uma pequena participação accionista da autarquia local) e assim dizem que vai continuar.

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