Vodka. Ouvi-te, então. Enquanto gesticulavas o tamanho das romãs. Ao lado, na foto, lá estavam alinhadas, grandes, efectivamente muito grandes, em cima de uma espécie de pequena prateleira. O seu tom rubro dava com a decoração do bar e tornava tudo fantasticamente acolhedor, como se fosse feito de propósito para abafar o frio. O tom daquelas grandes romãs russas. E dizias-me que ali tudo era grande. Também os limões que estavam dentro de um tubo de vidro, cheio de água - que eu imaginei cheio de vodka. E tu, continuavas a gesticular o tamanho grande desses frutos. A seguir foste buscar o gorro de pele. Ficava-te bem. Dava-te um toque sorridente. Feliz.
(...)
Peguei depois no telefone para reconfirmar tudo.
Afinal, não era bem assim. Respondeste-me que tinha uma parede, cheia até ao tecto, de frascos com limões. E não concordaste com o resto... que para mim daria um cunho genuinamente russo ao quadro. «Talvez vodka... Achas?!» Acho. Porque não? Seria uma visão ainda mais doce, digamos assim.
2 comentários:
Têm o seu quê de fruta-raínha, com coroa e tudo, iluminadas pela sua própria cor.
http://meinem-lied.blogspot.com/2007/10/foi-para-ti-que-criei-as-rosas.html
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