terça-feira, 27 de novembro de 2007

Vodka. Ouvi-te, então. Enquanto gesticulavas o tamanho das romãs. Ao lado, na foto, lá estavam alinhadas, grandes, efectivamente muito grandes, em cima de uma espécie de pequena prateleira. O seu tom rubro dava com a decoração do bar e tornava tudo fantasticamente acolhedor, como se fosse feito de propósito para abafar o frio. O tom daquelas grandes romãs russas. E dizias-me que ali tudo era grande. Também os limões que estavam dentro de um tubo de vidro, cheio de água - que eu imaginei cheio de vodka. E tu, continuavas a gesticular o tamanho grande desses frutos. A seguir foste buscar o gorro de pele. Ficava-te bem. Dava-te um toque sorridente. Feliz.
(...)
Peguei depois no telefone para reconfirmar tudo.
Afinal, não era bem assim. Respondeste-me que tinha uma parede, cheia até ao tecto, de frascos com limões. E não concordaste com o resto... que para mim daria um cunho genuinamente russo ao quadro. «Talvez vodka... Achas?!» Acho. Porque não? Seria uma visão ainda mais doce, digamos assim.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Regresso. Há sempre um caminho escondido que nos guia. Mesmo a dormir, ou quando negamos a evidência, o rumo é certo. Tal como tudo tem um fim.